Que venha 2011!

Há, último post de 2010. Poderia fazer uma retrospectiva? Poderia... E acho que vou fazer algo do tipo. Já passei boa parte de dezembro fazendo um powerpoint nostálgico, mas vou escrever aqui as pequenas coisas que marcaram o ano pra mim. Só coisinhas mesmo, que me vieram à cabeça enquanto eu tomava o último banho do ano (momento em que caiu a ficha de que 2010 tava no fim).

Mas acho que é pertinente fazer algumas considerações finais.

Primeira coisa: sim, falta meia hora pra virada e eu estou sentada no computador. A questão é que não teve nada planejado, a família não veio pra cá, não combinei nada com os amiguinhos, e quando vi já tinha passado da metade do dia 31 e eu não tinha idéia do que ia fazer. Aí vou passar uma virada simples. É um fato e não tem o que comentar sobre isso.

Sobre 2010... foi um ano realmente muito bom! Muito mesmo. Grandes passeios, altas festenhas, ótimos shows. Notas boas, notas ruins, muito café tomado, muito Friends assistido. Lost finalmente me venceu; consegui terminar o ano na metade da terceira temporada. Logo termino de ver isso. Enfim, não sei dizer se no geral engordei ou emagreci, mas não me importo muito com isso. Sei que comi muito o ano todo. Só na época da greve da USP que eu acho que minha alimentação ocilou...

Aprendi a tocar umas novas musiquinhas, baixei muitas canções boas (e muita coisa duvidosa). Fiquei alegrinha algumas vezes, fui entrevistada pelo Estadão, escrevi 87 posts no blog. Chorei ouvindo In My Life e Por Enquanto, joguei muito Monopoly, fui ao médico desentupir o ouvido umas 2 vezes.

Apresentei com as meninas um seminário fodástico, bandejei inúmeras vezes, fui na Peruada, na Bienal do Livro, na Virada Cultural. Reencontrei uma pessoa que não via há praticamente 10 anos, enfrentei uma despedida cruelmente dolorosa, comprei LPs bacanas. Aprendi um pouco de francês, tomei chuva no Ibirapuera, comi no Habib's até dizer chega.

Ah, eu me diverti. Muito! Esse fim de década foi deveras marcante pra mim... tanto 2009 quanto 2010.

E agora umas pequenas promessas para 2011: espero trabalhar e ter um dinheiro bem legal pra viajar no fim do ano; espero conseguir lidar com a saudade e com a sensação de 'sentir falta'; espero conseguir malhar. Espero encontrar mais vezes algumas pessoas importantes na minha vida. Espero... ah, não rola pensar em metas agora. O que eu espero mesmo é viver intensamente 2011, como eu creio que vim fazendo nos últimos dois anos. É isso aí: Feliz Ano Novo pra vocês... e que venha 2011!

White Christmas

Madrugadinha calma por aqui.

Acabei de gravar a primeira e a segunda temporada de Friends. Agora tou tomando uma Coca e pensando no Natal. Não teve a terceira edição do Natal mais louco do mundo. Não teve reunião enorme de família. Não teve praia. Mas estive perto de pessoas queridas mesmo assim.

E tou ouvindo uma voz amiga cantar aqui... Karen Carpenter entonando White Christmas; é incrível como ouvir Carpenters é como se eu estivesse ouvindo amigos cantarem. É a mesma coisa que acontece quando ouço a Judee cantar. É uma amiga. Eu quase me sinto livre pra 'falar oi'. Uma coisa bastante doida...

Infelizmente não tem vídeo da Karen cantando White Christmas (embora eu recomende de coração que vocês baixem a versão dela), mas deixo aqui o link pra uma versão instrumental dessa bela música (olha, assisti vários vídeos de gente tocando ela, e esse aí foi o campeão. Me emocionou!). Pra mim é um dos melhores temas natalinos (quiçá o melhor).

Merry Christmas atrasado pra vocês, queridos. De qualquer forma pra mim só é dia 26 depois que eu dormir, então ainda tá valendo.

E seja como for... duas coisas permaneceram iguais no Natal desse ano. Choveu e eu comi muito.

200º

Ducentésimo post do blog. Mas não tou na vibe de comemorar.

E ontem passei um dos momentos mais difíceis dos últimos tempos. O que fazer quando sua grande amiga companheira de todas as horas vai passar um ano fora em terras longínquas?

Pois bem, se despedir foi doloroso demais. Há tempo eu não chorava tanto. Sério.

Durante quase o dia todo o sol imperou lá no alto. Andamos (eu, Carol e Rui) pela Santa Ifigênia, depois fomos à Lapa fuçar um brechó. O calor estava absurdo... voltamos silenciosos e caímos na piscina, que estava deliciosa. Aos poucos ia me batendo novamente o desespero interno de que dali algumas horas eu teria que falar tchau... Mas todo mundo foi disfarçando, acho.

A Dani chegou um pouco depois das 6h. Comemos juntos, conversamos, vimos o powerpoint nostálgico. Fizemos mais uns vídeos engraçados, tiramos umas fotos. Levamos a Dani ao ponto de bus da Ipiranga e a partir daí... acho que não parei mais de chorar. O caminho do ponto ao apê, que eu fiz tantas e tantas vezes... pareceu mais vivo, e eu sabia que seria a última vez que eu estaria andando por ali para chegar ao prédio e tocar no 1211.

Aquele silêncio, pontuado em certo momento por Pais e Filhos, do Legião.

E chegando lá... hora de ficar sentadinha no sofá só sentindo as companhias e absorvendo as paredes em volta pra nunca esquecê-las. Uma última olhada pela sacada, uma última cuspida (!), algumas palavras chorosas trocadas. Eu e a Carol percebemos que era a primeira vez que a gente tava realmente triste juntas, down mesmo. Porque a gente é sempre alegre, sempre.

E fomos, os três, rumo à Barra Funda. Muito silêncio, a ficha caindo lentamente. E lá... bem, não tem o que escrever. Eu fiquei tentando lembrar do que precisava dizer, mas aí a Carol falou algo que fez todo o sentido: "Nós não precisamos falar nada... a gente se entende só de olhar". Pois é.

O ônibus chegou, eu entrei em pânico e tive que fazer muita força pra não surtar de vez. Fui a última a subir, depois de muitos abraços, lágrimas, eu te amo e mais abraços. Despedida deve estar lá no topo das piores coisas do mundo, das dores mais profundas. Não fiz uma viagem muito legal, não dormi direito, cheguei zumbi aqui, ainda consegui chorar mais no ombro da mamãe e só fui dormir um pouquinho depois do almoço. Acordei com os olhos ardendo muito.

Pensando agora em uma coisa que a Carol falou pra mim e pra Dani ontem de noitinha, isso é meio que só o fim de uma fase. Naturalmente nada vai mudar em termos de amizade. Mas é o fim de uma fasezinha, imagino. Ou não, sei lá... na verdade, vou acreditar que a única coisa que vai mudar é que não sairemos mais dos bares da Augusta e desceremos pro apê. O resto vai continuar igual. Isso será só um intervalo.

That's it, people. Bola pra frente, agora. Vamos ver o que farei pra aproveitar Lins. Até mais pra vocês!

Hum.

Hum. E aqui estou eu nas últimas horas em Sampa desse ano... Passei mais tempo aqui na casa da Carol durante o fim de semana do que em casa. Ontem só passei lá pra pegar as coisas...

O céu tá lindamente azul, tá um dia quente e ensolarado com cara de verão. Do jeito que a gente gosta de aproveitar por aqui... Bacana, acho que os céus entendem o que está acontecendo... Temos alguns pequenos planos pra daqui a pouco, mas não me importa muito o que faremos. Só de estar junto já fico feliz. Por enquanto me contento em falar tchau pro chão xadrez, pro adesivo do Johnny Walker na porta, pro espelho em cima do banco. Êêê hehe, quantos dias divertidos passei aqui! haha Quantas noites etílicas, manhãs lentas, confidências trocadas, cafés. Quanta MTV! hahaha

Ontem passamos o dia meio lesadas... a Dani veio aqui, papeamos um monte, bebemos muita Coca, gravamos vídeos bobos...! No sábado fomos ao Pub (lá na Augusta) e no Pedaço da Pizza. Foi bacana, no Pub tinha um cara que tocava violão muito bem e tals. Pedimos pra ele tocar In My Life... foi show.

E agora... bem, tá chegando a hora de voltar pra terrinha. E de se despedir. Engraçado é que faz mais de um mês que não volto pra casa, e apesar de estar louca de saudade de todo mundo lá... ir embora daqui fica me lembrando da despedida. Que se já tá doendo agora imagina daqui algumas horas.

Nesse ponto vai vir a calhar muito ir pra Lins. Vou precisa daquele calor familiar e dos rostos dos velhos amigos pra superar tudo.

Agora vou ouvir musiquinhas, ficar papeando e ouvindo os ruídos do Anhangabaú aqui ao lado, pensando no centrão de Sampa, essa cidade fantástica e lembrando de tudo de bom que já passei por aqui... Até mais, pessoas; suponho que o próximo post será direto de Lins e bastante mimimi. Tenham paciência, please, that's all.

Carta aberta à Srta. Ana Carolina Leite

Oi sweetie!

Eu acabei de te ver, tem pouco mais de 1 hora que saí da sua casa, mas me deu vontade de te escrever. Sem pensar muito, é só pra tentar colocar em palavras o que fica passando na minha cabeça. Preciso falar, chorar, gritar, correr, e tudo isso junto. Estranho... Lembro de quando a idéia de você passar um ano fora parecia tão distante... algo tão do tipo "ih, tem tempo até lá!"... e agora chegou a hora. Chegou, e rápido demais. Eu sei que já fiz mais mimimi do que precisava, e já disse isso mil vezes, mas é que tá me batendo um desespero assustador. E eu sei que tinha que ser forte e não fazer drama, mas acho que as coisas não funcionam de forma tão racional assim.

Dói muito pensar que você não vai estar por aqui no ano que vem. Mas dói mesmo, dá agonia. E por mais que eu tente colocar na cabeça que logo você estará de volta, continuo me sentindo mal. Entrei agora no prédio da História e me deu vontade de sair correndo... o nosso cotidiano tá impregnado nessas paredes a tal ponto que só de olhar eu já começo a chorar.

Mas sei lá. Gotta be strong, right? Apesar de tudo, fico feliz por você estar indo. Sei o quanto você trabalhou pra fazer isso acontecer, o quanto você queria que desse certo! E sei que vai te fazer muito bem essa jornada toda. Então também consigo sorrir ao ver a coisa encaminhada. É que vai me fazer tanta falta a sua companhia... afinal você é quem sempre passeia comigo, sem complicações. "Vamo? Vamo!". Seja feira de antigüidades numa manhã pós-balada, ou pra chapar o coco na Augusta, ou só almoçar e bater papo né? Vou sentir falta disso. Quando vim pra São Paulo eu me perguntava se encontraria alguém que tivesse a mesma vontade que eu de descobrir essa cidade genial, de experimentar tudo que há de bom; vontade de "viver tudo que há pra viver". E aí a senhorita apareceu!

Aprendi contigo que temos que correr atrás das coisas; que elas não acontecem do nada. Aprendi que fuçando no Google Maps a gente chega em qualquer lugar e também que festar é divertido. Aprendi a comer chocolate no café da manhã e torradas em qualquer hora do dia. Aprendi que Legião Urbana é muito bom.

Agora te desejo muita sorte no próximo ano. Preciso falar tudo agora pois sabe-se lá como estarei quando a gente for falar tchau; aí posso esquecer de algo. Espero que você curta muito o país do tio Sam, que conheça pessoas legais, passeie, viaje. Aproveita, cara. Isso eu sei que você sabe fazer mais do que bem. E tira fotos, coloca no Orkut e posta no blog! Vou adorar acompanhar! E vai ajudar a matar a saudade.

E quero te agradecer. Por tudo, por absolutamente tudo; por me aturar quando eu te faço pagar mico, por passear comigo mesmo quando a vida tá corrida, por me acompanhar na estréia de Harry mesmo não sendo fã! Thanks, de verdade. Você é muito importante pra mim, muito, muito mesmo. You have no idea.

Acho que é isso. Não tou ligando se ficou dramático, se é tempestade num copo d'água. É como a minha cabeça tá ultimamente. E acho que é compreensível, considerando que temos apenas mais um fim de semana pra curtir e depois só daqui 1 ano.

Vai pela sombra, garota. Te amo muito e estarei te esperando na pró-aluno pra bandejar quando você voltar. Ou na sala de estudos.

Um beijo grande e um abração,

Kika :)

Do começo das férias

De férias desde terça-feira a tarde! Yei! Era pra ter vindo postar muito antes, mas não deu.

Conforme dito anteriormente, ficarei um tempo aqui em Sampa pra aproveitar um pouco das férias com o pessoal aqui e enfim.

Começamos já na quarta a tarde, indo ao centro pra fuçar brechós! Siiim! Passei na casa da Carol de manhã, fizemos um roteiro maluco olhando no Google Maps, depois vimos um vídeo suspeito e daí fomos buscar a Aline no metrô. Saímos as 3 saltitantes por uma São Paulo quente e ensolarada em busca de casacos pesados. Foi divertido, achamos cada coisa doida... e coisas boas também. Ah, fizemos uma pausa numa Casa do Pão de Queijo também.

Daí depois voltamos pra encontrar com o Rui e o irmão dele, e fomos jantar no Habib's da Augusta (sim, um rolezinho até lá!). Com escala em mais um brechó. Comemos e depois descemos a Consolação cantando loucamente, felizes da vida, já fazendo um esquenta pro karaoke que veio em seguida! Yes, de volta ao Siga La Vaca! Ou melhor, Coconut, que é um karaoke novo da rede.

E aí foi o de sempre: cantar, cantar, cantar sem parar. Teve de tudo: cantamos Evidências 3 vezes na noite, cantamos Robocop Gay com direito a encenação (é, eu incorporo!), entonei Superafim com a Aline imitando a voz da Lovefoxxx, eu e o Rui ganhamos muitos aplausos com Help e finalmente cantei Bette Davies Eyes com a Carol. Fizemos duetinhos em Águas de Março, cantamos Barbie Girl (os meninos fazendo a voz do Ken), e deve ter sido engraçado ver eu, a Carol e Aline cantar Perigosa, das Frenéticas! Rolou ainda Menina Veneno, You Got It, Wanna Be, Sugar Sugar, That Thing You Do!, Heloísa Mexe a Cadeira (é... foi cômico!), Anna Julia, Why Don't You Get a Job, e mais uma pá de coisas! Tenho a impressão que foi mais de 50, juro!

Tive uma crisezinha de choro durante a festa, que não era pra ter acontecido (eu achei que conseguia segurar a onda, poxa!), mas não sei o que me deu e na hora que eu vi já tava soluçando. Hum, quem tá acompanhando a minha vidinha sabe que o momento tá tenso.

Eu tava meio masoquista mesmo, porque insisti pra cantarmos 'Por Enquanto' e aí pronto né... todo mundo lá cantando junto, abraçados, e eu desidratando lá no meio. Foi épico, inesquecível e muito emocionante. E finalmente cantei Carpenters com a Carol e o Rui. Yesterday Once More e Rainy Days and Mondays. Foi inexplicavelmente bom, ainda que eu estivesse já com a voz mais podre que o normal, e psicologicamente abalada (ui). Para sempre Carpenters, não é?

E terminamos com a alegre Não Quero Dinheiro, do Tim Maia. Todos juntos e vibrando lá no palquinho.

Voltamos pra casa da Carol, dormimos até meio-dia, tomamos café 1 da tarde. E aí ficamos brisando um tempão, literalmente olhando pro teto! O Rui foi embora um pouco depois, fiquei enrolando um tempinho com a Carol antes de ir até o Mackenzie. Mais uma sessão choração, que acaba sendo boa pra lavar a alma e acalmar... Aí acabamos com o baixo astral, e fomos andar até o Mack. Contratempos nos obrigaram a fazer o mesmo caminho 4 vezes! Mas de boa, na volta compramos vinho, queijo e salame e subimos pra cobertura do prédio pra ficar à toa! Pessoas, não há nada melhor que isso, sério mesmo. Sentar nas cadeiras da piscina, conversar, olhar os prédios em volta, sentir a imponência da Terra da Garoa durante a noite e ficar feliz por enxergar a Paulista dali. E ficar alegre rapidinho e ainda ir ver quanto tempo a gente agüentava dentro da sauna (pois é...)!

Depois ainda tivemos pique pra uma batidinha básica de vinho com leite condensado e pra falar muita besteira. Rir de tudo, falar em inglês, confidenciar confidências muito confidenciais (!), e dormir tentando inutilmente ver um filme. Essas coisas que vão fazer muita, mas muita falta mesmo.

Olha as lagriminhas aí...

Breakaway e considerações sobre o semestre

Eu já enchi a paciência da Carol com isso, mas ainda não falei por aqui: ouçam Breakaway da Kelly Clarkson sem preconceito e mimimi. E prestem atenção na letra. Nunca tinha dado o valor merecido a essa canção... ela é muito boa! Intensa.

(Parêntese: O link ali em cima vai prum clipe legendado... mas a tradução na minha opinião nem é tão boa. Não traduziria 'breakaway' por 'fugir', e sim por 'libertar' ou algo próximo disso.)

De qualquer maneira... pela primeira vez na história da minha vida na História eu acho que posso dizer que fui bem numa prova antes de sair a nota. A prova de África foi ontem e bom... pelo menos eu escrevi bastante e sabia o que tava fazendo, sem ficar enrolando. Acho que deu pra compensar o fiasco da minha porca resenha. Aliás esse semestre eu aprendi que quando você se dedica direitinho as coisas funcionam (na maior parte das vezes), mas quando você leva nas coxas... dificilmente sai algo bom (sei que é óbvio... mas ainda assim...). Para a primeira parte vide seminário de Medieval e prova de África. Para a segunda vide a resenha do Conrad e a aula de Arqueo...

E agora eu estou quase de férias. Tenho mais dois trabalhos pra fazer, de Antiga II e de Cultura II. Nenhum dos dois é muito fácil mas beleza. Pior que hoje o dia não rendeu muito estudo...

O tempo se esvai rapidamente e eu fico que nem naquela música do Legião... distraída, impaciente e indecisa.

Mas a prova de África me deixou feliz. E a semana como um todo também.

"Gotta keep moving on, moving on
Fly away, breakaway"
~Breakaway, Kelly Clarkson